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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

maconaria e os protestantes no brasil

A influência Protestante

É inegável que a Maçonaria Moderna foi organizada sob influencia protestante. Os redatores do primeiro Estatuto (Anderson e Desaguliers) por suas crenças, não poderiam deixar de introduzir princípios evangélicos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava. Provavelmente devido a tais princípios, a Maçonaria se desenvolveu muito nos países onde predominava a influencia protestante (Inglaterra. Alemanha e Estados Unidos), propagando-se depois para o resto do mundo.

A Maçonaria e os Batistas no Mundo e no Brasil

A maior igreja evangélica dos Estados Unidos da América, a Convenção Batista do Sul, responsável através da Junta de Richimond pela implantação do trabalho batista no Brasil, possui um grande número de membros maçons.

Os emigrados dos EUA que se estabeleceram em Santa Bárbara em São Paulo fundaram em 10/09/1871 a Igreja Batista em Santa Bárbara, a primeira Igreja Batista estabelecida em solo brasileiro (Pr. Richard Ratcliff), fundaram também em 1874 a Loja Maçônica "George Washington", onde se encontravam cerca de oito batistas sendo que pelo menos cinco deles foram também fundadores da Primeira Igreja, entre eles estava o Pr. Robert Porter Thomas .

O Pr. Thomas foi interino por diversas oportunidades tanto na Primeira Igreja quanto na Igreja da Estação (2a), fundada em 02/11/1879 (Pr. Elias Hoton Quillin). O pastorado interino do Pr. Thomas nas duas Igrejas somou cerca de 25 anos de profícuo trabalho, sendo o que mais tempo pastoreou tais Igrejas.Em 12/07/1880, a pedido da Igreja da Estação, foi formado um Concílio reunindo as duas Igrejas, para Recepção e Consagração ao Ministério do Irmão Antônio Teixeira de Albuquerque, tendo sido batizado pelo Pr. Thomas. Foi moderador do Concílio que se realizou no salão da Loja Maçônica, o Pr. Ouillin, conforme se descreve na carta subscrita pelo moderador e pelo secretário do Concílio ao Foreign Mission Board of fhe Soufhern Baptist Convention (Richmond, VA., U. S.A. ). Interessante observarmos que o Primeiro Pastor Batista Brasileiro, além de ter sido batizado por um Pastor que era Maçom foi ainda consagrado ao Ministério da Palavra no salão da Loja Maçônica. É importante recordar que a Igreja em Santa Bárbara era uma igreja missionária. Foi ela que insistiu e conseguiu, que a "Junta de Richmond" nomeasse missionários para o Brasil, estabelecendo-se então em Sta. Bárbara a "Missão Batista no Brasil". O primeiro missionário foi o Pr. Ouillin (1878), com sustento próprio. Seguiram-se, sustentados pela "Junta": Bagby (1880), Taylor (1882), Soper (1885), Putheff (1885) e outros sendo que Bagby, Soper e Putheff foram pastores da Igreja em Sta. Bárbara, que tinha entre seus membros, um expressivo grupo de maçons.

Missionário Salomão Ginsburg

Em 1921, Salomão Luiz Ginsburg, Missionário da Junta de Missões Estrangeiras de Richmond, publicou o seu livro "Um Judeu Errante no Brasil ", sua autobiografia. Encontra-se em algumas partes de seu relato a descrição de sua condição de Maçom. Nas páginas de número 81 a 83, o missionário Salomão Ginsburg narra um contratempo que passou na cidade de Queimadas interior da Bahia e diz ele, "... Coloquei o meu harmônio no lugar mais central da feira e comecei a tocar alguns hinos... Pondo-me de pé sobre um tamborete comecei a explicar-lhes a minha missão e objetivo, (...) anunciar-lhes o grande dom de Deus: um Salvador, cujas dádivas eram de graça e cujas bençãos concedidas a quem lhas pedisse... o colportor chamou-me a atenção para um movimento... parentes do padre do lugar estavam concitando os fanáticos contra mim, dizendo-lhes que eu era o anticristo há muito esperado... Diversas pessoas tiraram os seus punhais e os afiavam nas palmas das mãos, e os apontavam para mim, como se disessem: 'isto fará ao senhor muito bem!' Oh! como orei, pedindo ao Senhor que me mostrasse a escapatória, não tanto por minha causa, mas por causa do homem que tão bondosamente deixara sua esposa e filhos e viera comigo ajudar-me no trabalho... Ele me olhou várias vezes com os olhos rasos de lágrimas, como se dissesse: 'Estamos perdidos!' Como um raio de luz, veio-me o pensamento de fazer o sinal de perigo da Maçonaria. Seria possível que naquele lugar houvesse um irmão maçom? Tentei o sinal, e pareceu-me como se alguém estivesse esperando por isso, pois, em menos de cinco minutos, cerca de meia dúzia de homens se aproximou de mim e me rodeou e me disse que me veio buscar para a sua casa. Logo fiquei livre e seguramente instalado em uma das melhores residências da cidade, protegido por soldados, com suas carabinas de prontidão. Agradeci ao meu Pai Celeste pelo livramento que me deu tão maravilhosamente daquela multidão enfurecida."

Foi Ginsburg o editor do Cantor Cristão, hinário das Igrejas Batistas do Brasil, inicialmente com 16 hinos em 1891 e na edição atual do referido Cantor ele aparece como Autor ou Tradutor de 102 hinos. O Pr. Ebenezer Soares Ferreira (veja O Jornal Batista nº 30 de 24/07/94), destaca que Ginsburg foi o fundador, na cidade de São Fidélis no Estado do Rio de Janeiro, da Loja Maçônica Auxílio à Virtude (02/07/1894) e da "Egreja DE CHRISTO, CHAMADA BATISTA" (27/07/1894). que foi a primeira Igreja Batista em São Fidélis. Segundo o mesmo autor (9, pg. 64), o primeiro Templo Batista construído no Brasil, foi o da Primeira Igreja Batista de Campos, edificado sob o pastorado de Salomão Ginsburg e com a colaboração financeira dos Maçons. Ginsburg fundou, em 1902, o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, e foi um porta-voz da necessidade dos batistas brasileiros organizarem-se em uma Convenção Nacional, o que aconteceu em 1907 com a criação da centenária Convenção Batista Brasileira.

O Missionário Salomão Luiz Ginsburg foi membro de diversas lojas maçônicas as quais destacamos: "Duke de Clarence Lodge" na cidade de Salvador, BA; Restauração Pernambucana em Recife, PE; Progresso em Campos, RJ; Auxilio a Virtude em São Fidélis, RJ e, na jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo é patrono da Loja "Salomão Ginsburg n° 3".

José de Souza Marques

O Pastor José de Souza Marques, que foi Presidente da Convenção Batista Carioca e da Convenção Batista Brasileira, tendo em 1940, na Convenção da Bahia, organizado a Aliança dos Pastores Batistas Brasileiros, que mais tarde tomou o nome de Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, permanecendo em sua Presidência até 1962, cujo fruto todos conhecem, exerceu cargos importantes na administração maçônica, tendo sido inclusive presidente, por muito tempo, do Supremo Tribunal de Justiça Maçônica. Ainda hoje, a única foto existente no Salão do Conselho do Palácio Maçônico do Lavradio, é a do Pr. Souza Marques. No mesmo Palácio, a sala de Tribunal de Justiça tem o nome de José de Souza Marques. Foi também Membro Efetivo do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, encontrando-se em sua sede em exposição, um retrato pintado a óleo do Pastor Souza Marques.Inúmeros outros Homens de Fé, verdadeiros cristãos, inclusive batistas de relevância na Denominação, têm sido maçons sem encontrar incompatibilidades entre a Fé Cristã e a prática Maçônica.

Os adversários da Maçonaria

Existem pessoas que têm razões para se oporem à Maçonaria. Todos os que defendem princípios contrários aos princípios maçônicos são adversários da maçonaria. Entre tais destacamos: Os Papas da Igreja Romana, os sectários contrários ao livre arbítrio, os totalitários (nazistas, comunistas, membros da TFP e outros); os fanáticos e muitos outros.A perseguição aos Maçons, devido aos princípios que defendem, é antiga.

O primeiro documento encontrado combatendo a Maçonaria é uma Capitular de Carlos Magno do ano de 779, proibindo a reunião de Guíldas. As autoridades laicas alegavam que os associados se reuniam em banquetes periódicos a fim de se entregarem ao vício da embriaguez, e as autoridades eclesiásticas afirmavam que a perseguição que moviam contra as Guildas era por causa do juramento. Diziam-se preocupadas pela salvação da alma do jurador no caso dele perjurar-se. Na realidade, tentavam com semelhantes pretextos especiosos, impedir o funcionamento das Gui1das temidas politicamente (8, pg. 46).

A perseguição dos Papas da Igreja Romana contra a Maçonaria começou pela edição da Bula "II Eminenti" (6, pg. 379) em 28 de abril de 1738, por Clemente XII e até 1907 seguiram-se mais 25 documentos entre "Bulas", "Encíclicas" e outros, de ataque à Maçonaria.Em 18/05/1751, o papa Bento XIV publicou a Bula "Providas" (6, pg. 381), onde, referindo-se à "II Eminenti", declarou: "Finalmente, entre as causas mais graves das supraditas proibições e ordenações enunciadas na constituição acima inserida a primeira é: Que nas sociedades e assembléias secretas, estão filiados indistintamente homens de todos os credos; daí ser evidente a resultante de um.grande perigo para a pureza da religião Católica." Seguem-se mais cinco causas; proclamando-se contra a obrigação do segredo, a forma de compromisso, a liberdade de reunião e outras. Conclama os Bispos, Superiores, Prelados e Ordinários, a não deixarem de solicitar o poder secular, para a execução das referidas regras. Foi assim decretada a "Inquisição" contra os Maçons, pela oposição papal à Instituição, com as conseqüências que a história amplamente registra.

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