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domingo, 27 de maio de 2012

Maçonaria Operativa e Especulativa





Definida no ano de 1952 em uma reunião de Grãos-Mestres, celebrada em Estrassburgo, a franco-maçonaria se manifestava como “uma instituição para a iniciação espiritual, por meio de símbolos”. Esta, segundo a Constituição da Grande Loja da França, teria ainda como objetivos “o aperfeiçoamento da humanidade”, feito pelo qual os maçons ou franco-maçons estariam comprometidos de maneira constante com a busca da melhoria da condição humana, “tanto no plano espiritual e intelectual como no plano do bem-estar material.”
 Como em toda instituição configurada através dos séculos, a maçonaria tem transitado por diversas fases em seu desenvolvimento histórico. A construção de edifícios exigiu em seu momento uma observação precisa da natureza e dos seus comportamentos. Medida, peso e número passaram a ser conceitos ligados à arte, ao artesanato e consequentemente à arquitetura medieval. Os construtores especializados tomaram desta forma consciência dos valores universais que estavam imersos em numerosos princípios do seu trabalho


Maçons medievais

Dessa forma, os maçons medievais formaram sociedades independentes do amparo eclesiástico e das legislações reais, onde o labor coletivo se presumia indispensável para a construção. Aquele trabalho precisava de um elemento essencial como a convivência. A duração das obras que os maçons executavam favorecia sem dúvida o estabelecimento de relações muito estreitas entre os numerosos artistas e obreiros, chegando a se estabelecerem autênticas equipes de trabalho que ficavam sob a direção dos grandes Mestres Arquitetos da época. Através das obras que iam executando, tanto nas cidades como em outros lugares, surgia a necessidade de serem reconhecidos e atendidos. Da mesma maneira surgiu a necessidade de preservar as sociedades daqueles que poderiam romper a especial idiossincrasia e a harmonia dos construtores. O risco de que alguém, em seu benefício pessoal, pudesse utilizar e explorar os conhecimentos técnicos recebidos dentro das lojas exigiu o planejamento de possíveis medidas para impedir o seu acesso a quem não pertencesse a uma loja concreta. Aspectos como sinais secretos de reconhecimento, hierarquização em três graus ou níveis, bem como um número importante de prerrogativas, sem esquecer do sigilo e da discrição na preparação das reuniões e assembléias de maçons, foram ficando cada vez mais habituais. Houve igualmente a necessidade de se estabelecer uma série de exigências ou virtudes, mediante as quais a aceitação ou não dos aspirantes poderia resultar numa tarefa cheia de rituais solenes. Todo o processo exigia um pacto ou compromisso, pelo qual cada membro do grupo aceitava as regras concretas. Superadas as provas dos candidatos, estes eram obrigados a prestar juramento de silêncio e respeito à divulgação dos segredos do ofício, bem como lealdade e fidelidade aos demais componentes da loja ou oficina. Não obstante, pertencer a uma daquelas lojas chamadas operativas exigia não somente uma certa obediência a uma hierarquia mais ou menos estável. Para o iniciado e aspirante aceito supunha-se igualmente o começo de uma verdadeira etapa profissional. As qualidades profissionais, que necessariamente teriam que estar unidas às éticas, repercutiriam mais tarde em um novo processo de entendimento da vida. Uma maneira distinta de fazer com respeito a tudo o que com anterioridade havia resultado inalcançável. Assim parecia ser, uma vez que as lojas começavam a transmitir seus conhecimentos. Estes, de pouca complexidade, poderiam estar referidos ao traçado dos planos, conceitos geométricos, matemáticos, etc., que em qualquer dos casos se haviam mantido através de uma longa e esmerada tradição. Precisamente com o passar do tempo e o andamento dos movimentos arquitetônicos, a mobilidade e a necessidade de viajar pelos diferentes países europeus provocaram o contato daquelas lojas operativas com outras formas de pensamento e o mesmo pode-se dizer das diferentes organizações e associação política. Isto lhes conferiu um ponto de vista cada vez mais amplo no tocante aos problemas religiosos, filosóficos, econômicos, sociais e políticos. Excepcionalmente tiveram de admitir, em igualdade de direitos, pessoas, homens neste caso, de distintas nacionalidades, formas de pensamento e ideais políticos. A respeito deste ponto temos de entender que durante os séculos XIV, XV e XVI a realização de grandes obras na Inglaterra e Escócia toleraram a aceitação de importantes grupos de construtores alemães, que levaram consigo além dos usos e costumes das lojas alemães,  uns mecanismos de funcionamento diferentes, muito diferentes dos adotados nas ilhas britânicas.

Maçons ingleses, pintura antiga


Sob a influência das lojas alemães, não tardaram muitos anos para o surgimento das lojas escocesas e inglesas. Entre os séculos XVII e princípios do XVIII a construção, e em particular a arquitetura na Europa, estavam longe daqueles anos do esplêndido gótico medieval, e consequentemente, as lojas dos maçons operativos foram enfraquecendo.
 
Com base naquela situação provocada pela decadência das lojas maçônicas, no ano de 1717 foi decidida a constituição em Londres de uma Grande Loja que, sob o patrocínio de um grupo de pessoas ilustres e de livres pensadores, mantiveram o espírito das antigas confrarias de construtores, embora já não fosse necessária a participação deles. Foi desta forma que nasceu a maçonaria especulativa. Com ela se pretendia conservar o espírito dos antigos maçons construtores, mantendo os costumes e tradições, mas afastando-se das construções materiais. De um modo relativamente rápido começaram a aderir às lojas maçônicas homens de todas as profissões e condições sociais, de vez que se estabeleciam interpretações filosóficas acerca dos símbolos e dos rituais que a haviam caracterizado até então.
 
A maçonaria começou assim a adquirir um caráter mais universal, suscetível de ser reconhecida e aceita em qualquer Estado ou nação do mundo. De operativa, quer dizer, vinculada ao mundo da construção, à arte e à técnica, passou a converter-se em especulativa ou simbólica e, portanto, mais aberta aqueles a quem pudesse interessar os métodos e rituais dos construtores, mas sem exercer o ofício. Se bem que é verdade que algumas lojas operativas de construtores na Escócia, durante o século XVIII, continuaram relacionadas à construção de edifícios de caráter civil e religioso. Mas certamente a realidade é que ao mesmo tempo em que estas entraram em decadência, as lojas especulativas foram surgindo em distintos territórios europeus. Algumas sem sede permanente chegaram a se reunir periodicamente onde os seus membros assim o decidiam. Deste modo, muitas lojas inglesas foram se espalhando pelo país sem solução de continuidade.

George Payne

Até o ano de 1723, a maçonaria especulativa contava com uma Constituição, conhecida como Livro das Constituições, além de uns regulamentos próprios. Com efeito, graças à colaboração do Grão-Mestre George Payne e do clérigo, teólogo e historiador James Anderson, foram reunidas e articuladas uma coleção de 39 ordenações gerais. Dito documento seria reconhecido desde aquele instante como o primeiro princípio legal da mencionada maçonaria especulativa. Ela prosperou a ponto de contar de imediato com membros destacados da nobreza, inclusive da família real inglesa.

Apesar de tudo, logo entre os anos de 1739 e 1772 começaram a aflorar desavenças e discrepâncias internas que puseram em desagregação a incipiente organização maçônica. Do seio da Grande Loja de Londres surgiram as Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia, que se mostraram coerentes com suas tradições regionais. Daquele amálgama de lojas se destacou a Grande Loja dos Antigos, no ano de 1753. Majoritariamente liderada por irlandeses e, consequentemente, vinculada à Grande Loja da Irlanda, esta propugnou em seguida por uma maçonaria alinhada com os ideais teístas e confessionais. Estas teses se apoiavam na idéia de que os antigos grêmios de maçons haviam sido cristãos.

Foi exatamente este ponto que serviu de motivo para se arremeter contra o que um grupo numeroso de irlandeses havia denominado de maçonaria moderna, o que seria igual a dizer - uma maçonaria que ficava longe dos rituais cristãos. Os partidários de manter uma sociedade de maçons com marcante caráter confessional e teísta decidiram impor a obrigação de praticar uma religião efetiva que seguisse as regras da tradição revelada e avalizada por um livro sagrado, que acabou sendo a Bíblia.

Surgiam, também, deste modo, os conceitos de igualdade social, sob a influência dos enciclopedistas da época anterior à Revolução Francesa. As lojas não tiveram outra alternativa senão conviver com as novas idéias, dando lugar ao conceito de Grande Arquiteto do Universo, como resposta e interpretação mais ampla da divindade. Esta assumia tanto a idéia de um Deus em sua definição mais clássica, quando a loja era de marcante caráter religioso, como a admissão de uma força superior ordenadora do universo para o caso das lojas mais próximas de posicionamentos filosóficos. Não obstante essa idéia claramente teísta em que se podia incluir qualquer deus, não foi suficiente para diluir as diferenças entre os distintos enfoques e planos maçônicos. Por outro lado, devido à separação e à competência das duas Grandes Lojas inglesas, estas acabaram logo por entrar em clara disputa, procurando para si a captação de partidários e simpatizantes entre homens ilustres e influentes que podiam agregar prestígio às sociedades de maçons.

Para muitos maçons e intelectuais da época a dissolução da Grande Loja da Inglaterra representou uma alteração da própria maçonaria simbólica, já que a idéia essencial de mudança consistia na imposição de um dogmatismo derivado de uma idéia cristã; um fundamento apoiado em uma revelação que se manteve até bem dentro do século XIX na maçonaria britânica.

Voltaire

Seja como for, o certo é que a maçonaria prosseguiu se expandindo por todo o continente europeu. É o caso da França, que entre os anos de 1721 e 1732 alcançou rapidamente um auge sem precedentes. Figuras do talento de Voltaire, Rousseau, Condorcet, Victor Hugo e até mesmo Napoleão Bonaparte terminaram vinculados ao ideário maçônico.

Em outros países, a maçonaria se estendeu desde a Alemanha até a Rússia, passando pelos países mediterrâneos, como a Itália. Até a Grande Loja da Inglaterra chegou a conceder seus beneplácitos a uma sociedade maçônica de São Petersburgo, enquanto na Irlanda as lojas militares superavam até o ano de 1728 o número de 400.

Na Espanha, a introdução da maçonaria também não ficou à margem. Nos últimos anos do século XVIII, as referências a propósito das lojas franco-maçônicas se multiplicaram, exercendo sua influência sobre figuras tão conhecidas como o conde Aranda, Floridablanca, Campomanes, Godoy e Jovellanos. Entre os séculos XIX e XX, a maçonaria havia chegado a grande parte dos âmbitos culturais, políticos e sociais, contando com nomes como Sagasta, Nicolas Salmerón e O´Donnell, além de personagens das letras da talha de José Ortega y Gasset, Tomás Breton, Antonio Machado e Santiago Ramón y Cajal.

Benjamin Franklin


O salto para o continente americano foi igualmente singular e rápido, tanto como decisivo. No ano de 1733 foi fundada em Boston a primeira Grande Loja Provincial americana e apenas um ano depois Benjamin Franklin publicou em Filadélfia o Livro das Constituições, de Anderson. As colônias britânicas e os territórios espanhóis da América do Sul compreenderam logo, graças novamente aos ideais liberais, que na vanguarda das sociedades a liberdade política teria um espaço privilegiado para enfrentar o futuro e a independência. Aos que abraçaram finalmente esses ideais, como aos que se manifestaram a favor da emancipação política das colônias, os fluxos de influência e o saber organizativo das lojas européias lhes serviram como se fosse uma chama, embora tenham sido aproveitados para estabelecer linhas próprias de atuação em seu próprio benefício. De George Washington a Simon Bolívar, Abreu e Lima e San Martin, as sociedades e lojas maçônicas foram lideradas permanentemente por homens com capacidade de mobilização. Formados por importantes grupos de intelectuais e militares, não tardaram em transformar (a partir de uma ótica e perspectivas próprias), as práticas maçônicas européias, que tão bons resultados lhes haviam proporcionado em décadas anteriores.

Na medida em que os tempos mudavam, as lojas maçônicas não tiveram outra alternativa senão permitir o acesso de pessoas pertencentes às profissões liberais, sem esquecer um número importante de burgueses e mecenas, que acabaram sendo denominados maçons adotados. Certamente havia tempo que vinham criando, na maioria das grandes cidades européias, instituições e academias específicas para o ensino da arquitetura e da construção, onde os estudantes recebiam uma titulação expressa. Em conseqüência, o processo de transformação da maçonaria operativa, isto é, de construtores, para a maçonaria especulativa, quer dizer, moderna, foi se desenvolvendo de uma maneira pausada, tal como ocorriam com os tempos históricos pelos quais passava a cultura ocidental.

Não obstante, prosseguiram conservando os rituais e os instrumentos de trabalho das antigas confrarias, só que agora dotados de um novo valor simbólico e espiritual. Da mesma forma não desapareceram as manifestações artísticas e a arquitetura continuou sendo essencial na hora de identificar o caráter próprio da instituição. As construções maçônicas, naturalmente, deram um importante salto em sua arquitetura. Durante o século XVIII, esta se concentrou em edifícios ou lojas propriamente ditas, que acolhiam as reuniões dos maçons. Estavam localizadas geralmente em tabernas, o que em princípio não favoreceu a estética a que estavam acostumados. Com o correr do tempo, as construções foram mudando notavelmente em seu aspecto, dando lugar a impressionantes edifícios, aos quais se incorporavam bibliotecas, museus, etc. Assim, em 1775 iniciaram as obras do Freemasons Hall de Londres, que só foi concluído em 1933. Edifícios desta importância foram construídos, por exemplo, em Filadélfia e Indianápolis. O Grande Oriente da França fez o seu próprio em Paris e até a Grande Loja da Suécia decidiu instalar-se em um suntuoso palácio a partir do ano de 1874.

Da mesma forma como as catedrais e a arquitetura religiosa se haviam transformado, as pessoas vinculadas à franco-maçonaria tiveram que adotar novas formas de expressão e manifestação. É difícil determinar se a política ou a economia, por exemplo, entraram em cheio no ideário maçônico, ou pelo contrário esta situação se desenvolveu de maneira inversa. O certo é que atividades como a política, as ciências e a economia passaram a ser, juntamente com as simbólicas e esotéricas, o novo ponto de referência de lojas e sociedades de maçons que até aquele momento existiam no mundo. Consequentemente, escritores, pintores e músicos de todo o orbe, principalmente na Europa, começaram a destacar em suas obras um marcante caráter maçônico.

Em síntese, na clandestinidade ou secretismo, alguns artistas maçons decidiram publicar obras muito relacionadas com a simbologia maçônica. Nos setores sociais e artísticos e naqueles que mantinham estreitas relações com as ciências e a erudição, as expressões artísticas e científicas de autores maçons acabaram por encontrar finalmente um eco importante. Arquitetos como Bartholdi, que desenhou a estátua da Liberdade em Nova Iorque, William Thornton, do Capitólio; os pintores Agneessens, Fragonard e Chagall; os músicos Johannes Brahms, Ludwig von Beethoven, Hector Berlioz, George Gershwin , Felix Mendelsson e W. A. Mozart, com sua ópera A Flauta Mágica, cujo conteúdo é uma expressão do simbolismo maçônico; escritores como Charles Dickens, Ghoethe e Oscar Wilde; a lista de pessoas vinculadas à franco-maçonaria é muito extensa. Não faltaram matemáticos como Condorceto, Laplace, nem físicos e cientistas como Lavoisier, Enrico Fermi e Santiago Ramón y Cajal.

Em sua caminhada até os nossos dias, a franco-maçonaria não deixou de sugerir novas e inquietantes luzes para esquadrinhar. É preciso tentar compreender a maçonaria em relação à sua história, como uma sociedade que segue formando parte do nosso entorno sócio-econômico, político e cultural.



domingo, 6 de maio de 2012

ESTUDO DA G.´.L.´.E.´.D.´.O.´. ( parte 2 )


BEM-VINDOS À MAÇONARIA
2ª PARTE


“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” 

a) O QUADRO DO APRENDIZ

01 – Três Degraus (Corpo, Alma e Espírito)
Este “Quadro” deveria figurar em todas as Lojas do Primeiro Grau e ser comentado pelos 1ºs Vigilantes, cuja missão é despertar nos aprendizes o sentido simbólico. Só quando o Aprendiz conhecer bem o simbolismo de tudo o que diz respeito a seu grau é que ele estará apto a galgar o segundo grau, que fará dele um Companheiro.
02 – Porta do Templo
03 – Delta Radiante com o OLHO SIMBÓLICO no meio
04 – Coluna J (Booz) e Coluna B (Jachin)
05 – Romãs (a multiplicação e a União)
06 – Esquadro e Compasso (Justiça e Retidão) – O Compasso abre-se para o Céu
07 – Prumo ou Perpendicular
08 – Nível
09 – Pedra Bruta
10 – Pedra Cúbica
11 – Prancha de Traçar
12 – Malhete e Cinzel
13 – Sol (ativo)
14 – Lua (passiva)
15 – Janela de Grades fixas
16 – Corda de 7 Nós (Artes ou Ciências Liberais)
17 – Borlas
18 – Orla Denteada (ou corda de 81 Nós)
19 – As 4 Borlas (Prudência, Temperança, Justiça e Coragem) ou (Terra, Água, Fogo e Ar)
No início, qualquer local podia ser transformado em Templo. Bastava desenhar com giz, no chão, o “Quadro” simbólico do grau em que a Oficina trabalhava. Após cada reunião, esse “Quadro” era apagado.
Mais tarde, fez-se uso de uma tela pintada, que era desenrolada por ocasião das reuniões; atualmente, o Templo reproduz todos os símbolos do “Quadro”.
Esse “Quadro” comporta duas Colunas, encimadas por Romãs, enquadrando uma Porta à qual conduzem três Degraus; estes, seguidos de um Adro em mosaico. Vêem-se ai também Três Janelas, uma Pedra bruta e uma Pedra cúbica pontiaguda. Uma corda com três nós emoldura esse “Quadro”, que compreende, além disso, o Sol e a Lua, as duas Luminárias, o Esquadro e o Compasso, a Perpendicular e o Nível, o Malhete e o Cinzel, a Prancha de traçar.
No Painel da Loja se condensam todos os símbolos que devemos conhecer; e, se bem os interpretarmos, fáceis e muito claras ser-nos-ão as Instruções subseqüentes.
A Loja Maçônica, possui três JÓIAS MÓVEIS que são: o Esquadro, o Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas, cada ano, aos novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração.
As JÓIAS FIXAS são três: a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida.
A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar. Simbolicamente, exprime que o Mestre guia os Aprendizes no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles devem seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real. (A expressão Arte Real é um termo que tem diversas definições). Entre elas: “A Maçonaria chama-se Arte Real, porque ensina aos homens a se governarem a si mesmos”; “a Arte Real é aquela que leva o homem à perfeição humana”.
A Pedra Bruta (no painel acima o 9), serve para nela trabalharem os Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada polida, pelo Mestre da Loja;
A Pedra Polida ou Cúbica é o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro (06) mostram estar talhado de acordo com as exigências da Arte. Representa o saber do Homem no fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida.
b) A PEDRA BRUTA
À direita e à esquerda do “Quadro do Aprendiz” figuram uma Pedra Bruta e uma Pedra Cúbica pontiaguda. Se certos símbolos maçônicos provocaram poucos comentários, a Pedra bruta e a Pedra cúbica não estão nesse caso. Aqui as dissertações abundam e os cursos de moral se inflam, transformando-se em rios.
A Pedra Bruta simboliza as imperfeições do espírito e do coração que o Maçom deve se esforçar por corrigir.
A Pedra bruta, com efeito, pode ser considerada como o símbolo da Liberdade, e a Pedra talhada como o símbolo da Escravidão.
Vemos o profano apresentar-se à porta do Templo e pedir Luz. Uma Loja, justa e perfeita, proporciona-lhe essa Luz e, ao mesmo tempo, liberta-o iniciaticamente da servidão. Livre, o neófito simbolizará sua liberdade por uma “pedra bruta”, com a qual se identificará. E a Pedra talhada, terminada, feita de todos os preconceitos, de todas as paixões, de toda intransigência das fórmulas absolutas, aceitas sem controle como expressão de uma verdade inexpugnável e única, fazem do homem o escravo de seu meio.
Sim, o Aprendiz, pela Iniciação maçônica, que é um novo nascimento, reencontra o estado da natureza; ele se liberta de tudo o que ela lhe tirou de espontâneo e de bom. (No hermetismo, a pedra bruta simboliza a primeira matéria, a “matéria-prima” que servirá para a elaboração da “Pedra Filosofal”. – Hermetismo – Doutrina esotérica que tira o seu nome de Hermes Trismegisto e que os primitivos gregos teriam ensinado aos iniciados). Ele reencontra a “Liberdade de Pensamento”, e, com os “Instrumentos” que lhe são fornecidos, desbastará ele
próprio a “sua pedra” e conseguirá torná-la perfeita, imprimindo-lhe um caráter de personalidade que será seu e único.
Na Maçonaria, contrariamente ao que ocorre na maioria dos outros agrupamentos humanos, cada Irmão conserva sua inteira liberdade; ele não pode nem deve receber nenhuma palavra de ordem suscetível de influenciar seus atos. Os anti-maçons, que pretendem o contrário, mostram com isso um desconhecimento total acerca da verdadeira Maçonaria.
c) TRATAMENTO FRATERNO
O tratamento fraterno de você (tratamento íntimo entre iguais) é geralmente adotado pelos Maçons.
O tratamento cerimonioso do mundo profano levanta uma barreira entre os homens e também entre os irmãos. O ideal seria a introdução obrigatória do tratamento coloquial na Loja, porque isso garante a igualdade de todos os irmãos e permite o nascimento de um verdadeiro sentimento de união. Se uma pessoa julgou-se digna de ser recebida como Franco-Maçom, ela é igualmente digna de ser colocada em pé de igualdade com todos os seus irmãos. Se ela se mostra indigna dessa familiaridade, é igualmente indigna de permanecer na Loja. Aquele que se nega a ser chamada de você dá provas de uma vaidade deveras deslocada em nosso meio.
Para a Maçonaria o maior será sempre aquele que mais disposto estiver a servir, o que mais se dedique ao bem comum.
EPÍLOGO
Coloquemos o Grande Arquiteto do Universo em nossas vidas, em nossas Lojas e não apenas em nossas palavras. Não recusemos a prece e o estudo. Pratiquemos todo o bem de que sejamos capazes.
É preciso dedicação e estudo. Conhecimento e exercício. Sem exercitarmos o que parece termos aprendido jamais aprenderemos.
Somos igualmente iniciados para construir o Reino do Grande Arquiteto do Universo, a principiar de nós mesmos.
Trabalhemos por mais luz no nosso próprio caminho.


“Templo Maçônico é a atmosfera de amor, de verdade e de justiça formada pela união de corações ávidos das mesmas esperanças sequiosos de idênticas aspirações porque sem esse isocronismo de ação, sem essa elevação, poderá haver quando muito, grupos de homens, nunca porém Maçonaria”.


ESTUDO DA G.´.L.´.E.´.D.´.O.´.

ESTUDO DA G.´.L.´.E.´.D.´.O.´. ( parte 1 )


BEM-VINDOS À MAÇONARIA
(1ª PARTE)

Ninguém ama aquilo que não conhece bem e nem se esquece daquilo que ama. Ninguém dá o que não tem.

a) SIMBOLISMO MAÇÔNICO

O símbolo é imagem, é pensamento... Ele nos faz captar, entre o mundo e nós, algumas dessas afinidades secretas e dessas leis obscuras que podem muito bem ir além do alcance da ciência, mas que nem por isso são menos certas. Todo símbolo é, nesse sentido, uma espécie de revelação.
Na Maçonaria, o símbolo é constante e latente em todas as suas partes. É preciso, portanto, penetrar pacientemente seu significado.
Somente pelo estudo dos símbolos é que se pode chegar ao esoterismo. (Esoterismo opõe-se a Exoterismo; podemos traduzir livremente esses dois termos por ensino secreto e ensino público. Hoje, aliás de forma abusiva, a tendência é fazer da palavra esoterismo sinônimo de ocultismo.
Não podemos nos gabar ou nos vangloriar de sermos um “Iniciado”, ou, em outras palavras, de ser o único a estar de posse do Conhecimento e da Verdade.
“Iniciado” (de initium, começo) quer dizer simplesmente “colocado no caminho”, e o Maçom sincero sabe, mesmo quando se tornou Companheiro e Mestre, que ele continua a ser um Aprendiz.
Seu acerto é nosso, seu insucesso reparte-se conosco. Abra seu coração, coloque-nos a par das suas dificuldades, transmita-nos suas vivências, ensine-nos também a ser caminho.
Você já sentiu as transformações que opera. Já sentiu seus progressos?
O estudo aprofundado dos símbolos e, sobretudo, dos símbolos maçônicos pode levar muito longe. Nesta terra, tudo é símbolo; as próprias palavras, na realidade, não passam de símbolos das idéias.
Na vida corrente, são muitos os símbolos de deferência, de amizade, de alegria, de luto, etc. o homem que saúda tirando o chapéu ou inclinando a cabeça simboliza com isso a deferência que ele quer manifestar à pessoa saudada; o aperto de mão – que se transformou numa cortesia banal – é um símbolo de afetividade, de cordialidade, de devotamento, de lealdade; sua recusa é símbolo de inimizade. O brinde é um símbolo de amizade e de esperança em alguém ou em alguma coisa. Por que levantar a mão direita por ocasião de um juramento senão para simbolizar a
sinceridade? O anel de casamento não simboliza, acaso, a aliança indefectível que deve unir os esposos? Etc.
Todo mundo compreende esses símbolos simples e banalizados. Mas existem outros símbolos menos freqüentes, mais ocultos: filosofais, religiosos, iniciáticos. Durante seu tempo de aprendizado, a tarefa exclusiva do Aprendiz consiste na observação e análise de tudo o que se passa num mundo inteiramente novo para ele, devendo concentrar seus esforços por aprender, assimilar e adotar as posturas e atitudes desconhecidas no mundo profano.
As vezes, sua casca é dura de ser quebrada, mas a semente, uma vez libertada, mostra-se tanto mais deliciosa!
O iniciado deve romper a casca mental, isto é, fugir do racionalismo esterilizante, para atingir a transcendência; somente depois de romper essa casca é que se torna possível o acesso á verdadeira iniciação.
Todos os símbolos abrem portas, sob a condição de não nos atermos apenas – como geralmente acontece – às definições morais.
A iniciação “abre portas” até então proibidas ao recipiendário.
b) INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO APRENDIZ-MAÇOM
São determinados instrumentos profissionais, a maioria tirada da antiga arte arquitetônica, que a Maçonaria simbólica usa como emblema de Virtudes e ensinamentos.
São os seguintes os principais instrumentos e utensílios do Aprendiz – Maçons, e seus respectivos significados morais:
a) A RÉGUA DE 24 POLEGADAS (precisão na execução durante 24 horas de cada dia);
b) O MAÇO (decisão na aplicação);
c) O CINZEL (discernimento na investigação).
A Régua de 24 polegadas figura nas Lojas simbólicas da Franco-Maçonaria como instrumento de trabalho e medida do tempo, no sentido de que não se deve mal gastar as horas na ociosidade e egoísmo, mas parte delas na meditação e estudo, parte no trabalho, e parte no recreio e repouso, “porém todas no serviço da humanidade”;
O Maço (MALHO) com o cinzel, é o instrumento de trabalho do Aprendiz, para alegoricamente “desbastar a pedra”, ou educar a agreste e inculta personalidade para uma vida ou obra superior. O malho simboliza a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário para vencer e superar os obstáculos;
O Cinzel corresponde à penetração, discernimento e receptividade intelectuais, ou o aspecto passivo da consciência, indispensável para descobrir as protuberâncias ou falhas da personalidade.
c) OUTRAS OBSERVAÇÕES
- Sois Maçom?
- MM. II. C. T. M. RR.
Isso porque um Aprendiz Maçom deve duvidar de si mesmo e da fragilidade de seus conhecimentos maçônicos. Ele deve, portanto, evitar de dar uma opinião sem antes recorrer às luzes da sabedoria de seus Irmãos.
- De que forma vos fazeis reconhecer como Maçom?
- Através dos Sinais, Palavras e Toque.
Um Maçom se reconhece pelo seu modo de agir, sempre eqüitativo e sincero (sinais); sua linguagem leal e sincera (palavras); enfim, pela atitude fraternal que manifesta com todos aqueles que está unido pelos laços de solidariedade.
- A que horas os Maçons costumam começar e terminar seus trabalhos?
- Os trabalhos começam ao Meio-dia e terminam à meia-noite.
Estas horas convencionais indicam que o homem atinge parte de sua maturidade, na metade de sua vida, antes de poder ser útil a seus semelhantes; mas que, deste instante, até a sua hora final, deve trabalhar sem descanso para o bem estar comum!
d) AMOR FRATERNAL
O grande mistério maçônico esta na simplicidade que se configura na palavra amor. O amor e respeito a tudo e a todos.
Agora como Maçom tem por missão eliminar de dentro de si o egoísmo, daí a necessidade de cultivar seu espírito de coletividade através do Amor Fraternal. E não é por acaso que em Loja de Aprendiz, o Livro Sagrado é aberto sobre o altar no Salmo 133 (A excelência da União Fraternal – Cântico de Romagem de Davi):
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os Irmãos, - traduz a satisfação e a alegria do Amor Fraternal.


A Maçonaria nos dá a oportunidade do autoconhecimento. É a realização do “conhece-te a ti mesmo”. O homem precisa conhecer-se para entender-se. Quem nunca repudiou um ato seu, após analisar sua conduta? Há uma inata necessidade de dominar-se o microcosmo. A Maçonaria nos dá caminhos para esta realização; cabe-nos aprender a trilhá-los.




ESTUDO DA G.´.L.´.E.´.D.´.O.´.

quarta-feira, 2 de maio de 2012


A Bandeira do Brasil






A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).


A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, onde está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um circulo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: "Ordem e Progresso". Cada elemento da bandeira possui um significado:
Verde: simboliza a pujança das matas brasileiras;
Amarelo: representa as riquezas minerais do solo;
Azul: o céu;
Branco: a paz;
Estrelas brancas: representa cada Estado brasileiro e o Distrito Federal;
A frase "Ordem e Progresso" foi colocada no estandarte brasileiro por influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do positivismo.

As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu  do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul, se apresentava verticalmente, em relação ao horizonte da cidade. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.

A primeira versão da Bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes Estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.

Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum Estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os Estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.

A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes do país, devendo ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas e secretarias de governo. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que seja bastante iluminada.

Durante toda sua história, o Brasil teve várias Bandeiras até que se concretizasse a atual. Confira todas elas:


Bandeira de Ordem de Cristo (1332 - 1651)

Bandeira Real (1500 - 1521)

Bandeira de D. João III (1521 - 1616)

Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)

Bandeira da Restauração (1640 - 1683)
Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 - 1706)

Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700)

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821)

Bandeira do Regime Constitucional (1821- 1822)

Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)

Bandeira Provisória da República (15 a 19 de Novembro 1889)

Bandeira da República Federativa do Brasil (19 de Novembro de 1889 até os dias atuais).